domingo, 23 de janeiro de 2011

Trailer de DON JUAN NO ESPELHO

Olá, pessoal!

Abaixo o trailer do espetáculo. Assistam, comentem e vejam o espetáculo.

DON JUAN NO ESPELHO
Grande Teatro do Palácio das Artes
Única apresentação · Dia 29 de janeiro · Sábado · 21 horas
Ingressos a R$ 10,00 nos Postos de Venda da Campanha de Popularização do Teatro.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DON JUAN NO ESPELHO NO PALÁCIO DAS ARTES



É isto mesmo!


No final do mês de janeiro, dia 29, sábado, estaremos em cartaz em única apresentação no Grande Teatro do Palácio das Artes, participando da 37ª Campanha de Popularização Teatro & Dança.

Se você já viu, hora de indicar aos amigos e até ver novamente. Se você não assistiu, é esta a oportunidade de ver o mito Don Juan na vida de um escritor contemporâneo em busca de si mesmo.

Seduções, perfídias e grandes revelações no encontro destes dois personagens tão diferentes (à primeira vista), mas tão iguais em essência.

Muitas vezes tomados como simples história, os mito carregam em si uma carga simbólica capaz de condensar questionamentos e conflitos do Homem. Aparentemente distantes, podemos vê-los mais próximo de nós à medida que o observamos e que também nos percebemos. E é neste voltar os olhos para dentro que encontramos no espelho a nossa imagem desconhecida, aquela capaz de ter as respostas para o que buscamos incansavelmente na agitação do cotidiano. É como diz o sábio poema de Fernando Pessoa em suas linhas finais “E, inda tonto do que houvera | À cabeça, em maresia, | Ergue a mão, e encontra hera | E vê que ele mesmo era | A Princesa que dormia”.

Falando sobre mitos, o estudioso norte-americano de mitologia e religião comparativa diz: “Essas informações provenientes de tempos antigos têm a ver com os temas que sempre deram sustentação à vida humana, construíram, civilizações e formaram religiões através dos séculos, e têm a ver com os profundos problemas interiores, com os profundos mistérios, com os profundos limiares da nossa travessia pela vida...”

Fica aí a dica e o convite:

DON JUAN NO ESPELHO na Campanha de Popularização Teatro & Dança
Grande Teatro do Palácio das Artes
Dia 29 de janeiro · Sábado · 21h
Ingressos a R$ 10,00 nos Postos da Campanha (www.sinparc.com.br)
Na bilheteria do teatro: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada)

domingo, 10 de outubro de 2010


Clique abaixo em comentários e inclua seu nome na Friends List do espetáculo Don Juan no espelho. Com o nome na lista, você paga meia-entrada para assistir ao espetáculo.

O que está esperando? Inclua seu nome e envie o post para seus amigos.

Você receberá um email de confirmação com a senha que deverá apresentar na bilheteria do teatro.

Preço efetivo do ingresso: R$ 24,00
Incluindo nome na friends list: R$ 10,00

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O ESPETÁCULO DON JUAN NO ESPELHO


O espetáculo propõe reflexões sobre temas como a solidão e o amor no mundo moderno, a partir do mito de um dos personagens mais instigantes e polêmicos da psicanálise e literatura mundial.


Don Juan. Personagem que vive no imaginário de todas as pessoas. Mito, modelo, mistério, perversão. Estes são alguns rótulos para o personagem que há séculos vem fazendo parte da história do homem, nas mais diversas áreas. Existiu como lenda, em meados do século XVIII, foi transformado em texto teatral, por Tirso de Molina, Zorrila Molière entre outros autores ao longo dos séculos, eternizado em ópera como o famoso “Don Giovanni”, de Mozart. Teve sua personalidade esmiuçada pela psicanálise, devido ao seu alto grau de complexidade comportamental e entrou para o imaginário popular como o grande sedutor da história. “O desafio do espetáculo Don Juan no espelho é exatamente aproximar-se do imaginário coletivo sobre o Mito e abrir caminhos que possibilitem novas visões e que clarifiquem o entendimento do Homem Moderno. Usar a referência do universal para questionar o Homem em sua intimidade”, explica Márcio Miranda.


O espetáculo aborda vários temas ligados à psicologia, como relação parental, esquizofrenia, solidão, desejo e culpa, através da aproximação da lendária figura do sedutor Don Juan com o homem contemporâneo.


É proposto em cena o encontro inusitado entre dois personagens tão diferentes em postura de vida e, ao mesmo tempo, tão iguais em essência, que se aproximam por uma busca pelo equilíbrio: um deles é Don Juan, mito vivo no imaginário popular, imagem simbólica da sedução e referência direta ao “carpe diem”, que renuncia a qualquer compromisso em troca do prazer momentâneo. O outro, Victor, um escritor preso a um passado produtivo, de muito trabalho e responsabilidades, que abdicou-se da vida, em função de uma culpa. Quando Don Juan “sai do papel”, provoca uma aproximação entre o autor e a sua obra e incita questionamentos dos próprios personagens sobre a forma como conduziram suas vidas, numa atmosfera que transita entre realidade e ficção.


O ponto de partida para a construção de “Don Juan no espelho” foi o texto homônimo de Márcio Miranda, escrito especialmente para o espetáculo e premiado em 2º Lugar no concurso “Grande Prêmio Minas de Dramaturgia”, patrocinado pela Usiminas. Temáticas como a solidão do homem moderno, o amor e a sedução versus o amor romântico, muito debatidas hoje pela psicanálise e literatura, permeiam “Don Juan no Espelho”. O espetáculo traça um paralelo entre os princípios e questionamentos apontados pelo Homem Contemporâneo e os que giram em torno da imagem do sedutor espanhol, colocando em discussão a questão da valorização do presente como tempo real.


As visões acerca da lenda variam de acordo com as opiniões sobre o caráter de Don Juan, apresentado dentro de duas perspectivas básicas: para uns, era um mulherengo barato, concupiscente, cruel sedutor que buscava apenas a conquista e o sexo. Outros, porém, defendem que ele efetivamente amava as mulheres que conquistava, e que era verdadeiramente capaz de encontrar a beleza interior da mulher.


A direção do espetáculo é de Luiz Otávio Carvalho e Alexandre Toledo.


Em cena, temos o próprio autor, Marcio Miranda, no papel de Don Juan; Leri Faria que interpreta Victor, o escritor; Ana Luiza Amparado, no papel de Clara, esposa de Victor; Isaque Ribeiro, como o duplo de Don Juan; Paula Albuquerque, como a sedutora Carmem e Flávia Fernandes, como Ana, uma nobre em conflito entre o prazer e o pecado.



COMENTÁRIOS...

Pessoal,

segue o comentário do psicólogo Eduardo L C Moreira sobre a postagem.

 
Eduardo L C Moreira disse...

Realmente o poema retrata a vida de Don Juan. Uma vida que vai além do prazer, ou seja, está na via do gozo. Um gozo que invade o corpo, e que não se localiza na linguagem apenas, pois linguagem aqui é pouca ou "não-sabida que se sabe". A recusa é de um nó que norteia, da castração (aquilo que barra o sujeito entre o "sim" e o "não"). Recusa que faz parte da estrutura perversa, é nela que habita a sedução nua e crua. Atrelada a este jogo que mais revela do que vela, a admiração e o espanto (horror) andam juntos, como o ódio e o amor na rotina dos enamorados. A sedução é audaciosa. O outro pode se encantar ou repudiar ao vê-la e percebê-la. Fica a escolha do freguês! O interessante é admirar a sedução com moderação, nunca negá-la por completo. A não ser que ocorra sublimação, aí já é outro "porém". Reprimir nossos desejos sexuais, libido, é negar a vida. É viver deixando de lado a experiência da completude-incompleta que nomeia o prazer, a nossa existência. Entre o choque da pura culpa e do puro gozo, o duplo de Don Juan acha o caminho do meio e tenta assim ser feliz. Fica a dica para quem quiser também tentar!!!



domingo, 30 de agosto de 2009

O DON JUAN EM FLORBELA ESPANCA

A Nau Literária - Revista eletrônica de crítica e teoria de literaturas (UFRGS) publicou um trabalho sobre "O Don Juan em Florbela Espanca".


É um estudo onde procuram identificar traços de Don Juan na obra (e vida) da poetisa.


O estudo está disponível na internet no link: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/viewFile/5094/2921
Abaixo, um belo poema de Florbela Espanca, que mostra bastante de nosso Don Juan.


Amar!

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...